quarta-feira, 28 de novembro de 2007

A era do som

O cinema nasceu e cresceu por trinta anos sem nenhuma linguagem oral. Sem som.

No silêncio... absoluto.

Mas, deve-se saber que não foi por falta de tentativa e de desejo. Desde o nascimento do cinema, pretendia-se unir som e imagem. O problema era as limitações técnicas que havia na época.

Com o tempo, ficou bastante evidente que a audição e a visão são os sentidos que nos dão maior informação, e isso mostrou então que a imagem sozinha em movimento não era suficiente, estava incompleta: o sentido da audição naturalmente reclamava a sua parte.

O cinema precisava falar alguma coisa ao público, pois este pedia que ele falasse.

Precisou-se de muito esforço por parte da indústria cinematográfica norte-americana, que tinha como objetivo maior o sincronismo da voz dos atores, já presentes pela imagem, para que, no final dos anos 20, a busca pelo cinema sonoro acabasse e enfim se concretizasse. E foi em janeiro de 1929 que a Paramount lançou o primeiro filme falado do início ao fim, Lights of New York (ALTMAN, 1985, p.45).

Tudo bem que não era aquela maravilha de som. Havia falhas.

Muitas falhas.

A sincronia não era perfeita, se gastava demais o disco, enfim.

Precisou-se, diante disso, trabalhar com um sistema som-em-filme, ou som óptico (o som era diretamente aplicado na película sem intermediários). E esse método mostrou-se muito eficaz. Em 1934, os principais estúdios usavam esse modelo (exceto a Fox, que ainda utilizava o Photophone). Isso perdurou até os anos 40, quando a Walt Disney apostou no sistema de som óptico multi-canal. Dessa forma era possível ter na mesma película sons diferentes simultaneamente. A música, efeitos sonoros e os diálogos podiam agora surgir tudo ao mesmo tempo, o que provou ser uma das maiores revoluções técnicas à época! O primeiro filme a pôr em prática essa teoria foi Fantasia.

Nos anos 50, o som no cinema começou a chegar perto do que é hoje com a chegada do sistema estereofônico, que privilegiava a sobreposição de vários registros na banda sonora auxiliados pela colocação de várias colunas na sala, aumentando a sensação de realidade do “espectador-ouvinte”. Um modelo que resulta igualmente da criação do Cinemascope e que se tornará no modelo de destaque nos próximos anos.



(Mariana Rocha)

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito Bom, Nos Auxilia Nas Pesquisas Da Escola!!!
Valeu:)

Anônimo disse...

legal ajudou bastãotão