quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Nascimento do Cinema

O desejo e a procura do cinema são muito antigos e têm muitos personagens importantes, mas podemos dizer que o ano de 1895 foi de extrema importância para a Sétima Arte. Nesse ano, aqueles hoje reconhecidos como fundadores do cinema, os irmãos Lumière, inventaram o cinematógrafo, aparelho que permite registrar uma série de fotogramas que criam a ilusão do movimento.

Ainda em 1895, acontecera a primeira sessão de cinema, com pequenos filmes de aproximadamente 3 minutos cada, de Auguste e Louis Lumière. Apresentados a um público de cerca de 30 pessoas, conta-se que um deles, A chegada do trem na estação (que mostrava a chegada de um trem a uma estação ferroviária), colocou as pessoas para correr à medida que o trem se aproximava da câmera.

Os primeiros filmes eram documentais, mostravam pequenas ações da natureza. Os realizadores do cinema mandavam homens portando câmeras pelo mundo todo para registrarem paisagens de países diferentes e levarem aos espectadores franceses. Mas com o passar do tempo, eles começam a contar histórias. Inicialmente, pequenos esquetes cômicos, com forte inspiração teatral, depois, filmes baseados em obras literárias, precursores da ficção. Era o cinema se transformando na Sétima Arte.

Quando se cansou de criar produtos baratos que não geravam nenhum lucro, em meados de 1910, passou-se a pensar o cinema como uma indústria. O primeiro filme comercial do cinema, também um dos definidores da linguagem cinematográfica moderna, é o controverso The birth of a nation (O nascimento de uma nação), ainda mudo. Apesar das grandes inovações técnicas, glorifica a escravatura e incentiva a segregação racial. Mesmo assim, um marco na história do cinema.
Com a Primeira Guerra Mundial, a Europa reduz sua produção cinematográfica, deixando que ela se concentrasse nos Estados Unidos, Hollywood, que exerce hoje um domínio mundial.



(Heloisa Guimarães)

Cinema Mudo – falando sem a fala

Com o aperfeiçoamento das técnicas cinematográficas dos irmãos Lumière, a primeira exibição pública de cinema ocorreu em 28 de dezembro de 1895, as pequenas produções, com cerca de dois minutos de duração, tratavam do cotidiano e, por terem um caráter experimental, eram rústicas e de mau gosto. Esse início das produções para cinema se insere numa era chamada de “Cinema de Poeira”, o nome se explica tanto pelas características das produções, quanto pela exibição só custar 1 franco.


Por não haver recursos para que o áudio dos personagens fosse gravado, a trilha sonora possuía um papel fundamental na composição do filme. Inicialmente, era feita por músicos que tocavam o que o filme lhes imprimia, havendo, portanto, a possibilidade do mesmo filme possuir trilhas diferentes ao mudar de cinema e de musico, depois de um tempo, as músicas tocadas nos filmes foram padronizadas.


Após o período experimental, os produtores de cinema aproveitaram da falta de tecnologia para reproduzir as falas e começaram a explorar e abusar da imagem e expressão dos atores e foi nessa época, chamada “Era de Ouro do Cinema Mudo”, que surgiram grandes clássicos do cinema mundial.


(Maria Emília Tavares)

Charles Chaplin, um “vagabundo” genial.


Charles Chaplin, além de atuar em seus filmes, também foi responsável pelo roteiro, direção e produção. Seu personagem mais conhecido, Carlitos, virou ícone da comédia com suas roupas largas, bengala e chapéu de coco. Ele prezava pela mudez em sua obra, conseguia passar sentimentos e situações sem precisar usar a linguagem verbal, foi em 1940, com o filme O Grande Ditador que sua voz pode ser ouvida em um filme. Até hoje, sua extensa obra é considerada um clássico para o cinema, tendo recebido apenas um Oscar, de reconhecimento pelo seu trabalho.


(Maria Emília Tavares)

O cinema pelo mundo

Os maiores pólos de produção de cinema no mundo são a Índia, os Estados Unidos e Hong Kong. Na Índia se produz, por ano, mais filmes do que os Estados Unidos na cidade de Bombaim, principalmente no famoso Bollywood. Mas foram os americanos quem perceberam o lado comercial do cinema e começaram a cobrar entradas e a partir de então, o cinema se tornou a quarta indústria americana.

Hollywood a "capital do cinema"

Conhecida como “capital do cinema”, Hollywood surgiu por volta de 1910-13, como um distrito de Los Ângeles. Os filmes hollywoodianos passam a ser unidades de produção de lucro econômico instalada dentro do sistema capitalista. Hollywood começa a dominar o mundo e surge com uma forma inovadora de cinema, com o aparecimento do cinema falado e, como conseqüência, a indústria cinematográfica começava a produzir centenas e centenas de filmes por ano. A partir de então, produtores e cineastras de todo mundo são atraídos ao distrito de Los Ângeles. Acredita-se que esses produtores que se deslocaram para lá, logo no início dos anos XX, foram principalmente em busca de iluminação (o clima do local, pouco chuvoso, propicia muita luminosidade), numa época em que iluminação artificial era pouca e cara. É o que bem observamos com o clipe abaixo de Madona com a música “Hollywood”.

(Sílvia Miranda)

A era do som

O cinema nasceu e cresceu por trinta anos sem nenhuma linguagem oral. Sem som.

No silêncio... absoluto.

Mas, deve-se saber que não foi por falta de tentativa e de desejo. Desde o nascimento do cinema, pretendia-se unir som e imagem. O problema era as limitações técnicas que havia na época.

Com o tempo, ficou bastante evidente que a audição e a visão são os sentidos que nos dão maior informação, e isso mostrou então que a imagem sozinha em movimento não era suficiente, estava incompleta: o sentido da audição naturalmente reclamava a sua parte.

O cinema precisava falar alguma coisa ao público, pois este pedia que ele falasse.

Precisou-se de muito esforço por parte da indústria cinematográfica norte-americana, que tinha como objetivo maior o sincronismo da voz dos atores, já presentes pela imagem, para que, no final dos anos 20, a busca pelo cinema sonoro acabasse e enfim se concretizasse. E foi em janeiro de 1929 que a Paramount lançou o primeiro filme falado do início ao fim, Lights of New York (ALTMAN, 1985, p.45).

Tudo bem que não era aquela maravilha de som. Havia falhas.

Muitas falhas.

A sincronia não era perfeita, se gastava demais o disco, enfim.

Precisou-se, diante disso, trabalhar com um sistema som-em-filme, ou som óptico (o som era diretamente aplicado na película sem intermediários). E esse método mostrou-se muito eficaz. Em 1934, os principais estúdios usavam esse modelo (exceto a Fox, que ainda utilizava o Photophone). Isso perdurou até os anos 40, quando a Walt Disney apostou no sistema de som óptico multi-canal. Dessa forma era possível ter na mesma película sons diferentes simultaneamente. A música, efeitos sonoros e os diálogos podiam agora surgir tudo ao mesmo tempo, o que provou ser uma das maiores revoluções técnicas à época! O primeiro filme a pôr em prática essa teoria foi Fantasia.

Nos anos 50, o som no cinema começou a chegar perto do que é hoje com a chegada do sistema estereofônico, que privilegiava a sobreposição de vários registros na banda sonora auxiliados pela colocação de várias colunas na sala, aumentando a sensação de realidade do “espectador-ouvinte”. Um modelo que resulta igualmente da criação do Cinemascope e que se tornará no modelo de destaque nos próximos anos.



(Mariana Rocha)

O cinema através do tempo...

Década de 40


A Segunda Guerra Mundial fez com que a Inglaterra e Estados Unidos produzissem vários filmes com apelo patriota e que serviram de propaganda de guerra. Haviam também já no final da guerra filmes anti-nazistas. Dentre os filmes que retrataram a época da guerra se destacou o popular "Casablanca" de 1943.

No começo da década, o diretor Orson Welles lançou o filme "Citizen Kane" ("Cidadão Kane") com inovações como ângulos de filmagem e narrativa não linear. Em 1946, o diretor Frank Capra lançou o filme "It's a wonderful life", ambos os filmes estão classificados entre os melhores de todos os tempos. No ano de 1947, o Comitê de Segurança dos Estados Unidos fez a primeira lista negra de Hollywood acusando 10 diretores e escritores de promover propaganda comunista. Os filmes "Mission to Moscow" e "Song of Russia" foram considerados propaganda pró-soviética. Na Itália nascia o Neorrealismo como reação ao cinema facista do regime de Mussolini e buscava a máxima naturalidade com atores não profissionais, iluminação natural e com uma forte crítica social. Se considera inaugurado o gênero com "Roma, cidade aberta" em 1945, ainda que se considera como seu maior representante "Ladrão de bicicletas" de Vittorio de Sica.


(Marcius Melo)


Década de 50


O Comitê de Segurança amplia a lista negra incluindo diretores, atores e escritores incluindo até mesmo Charles Chaplin. Nos anos 50, o cinema passou a enfrentar a concorrência da televisão. O aumento da popularidade da TV fez com que várias casas de cinema fechassem suas portas. Para atrair mais telespectadores a indústria cinematográfica começou a investir em novos formatos, na verdade os grandes formatos. Em 1952 surgiu o Cinerama, em 1953 o Cinemascope da 20th Century Fox, em 1954 a VistaVision da Paramount todos com a idéia de quanto maior melhor. Alguns filmes bíblicos e históricos se deram muito bem no novo formato como "The Ten Commandments" ("Os Dez Mandamentos") de 1956, "The Vikings" de 1958, "Ben-Hur" de 1959, "Spartacus" de 1960 e "El Cid" de 1961. Os filmes 3-D, porém duraram pouco tempo, de 1952 até 1954 dentre os quais se destacou o filme "House of Wax" em 1953. No final da década de 50 surgia na França o maravilhoso Nouvelle Vague de onde se destacaram Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ("O Acossado") e François Truffaut ("Os Imcompreendidos").O cinema da Índia era produzido em grande escala mas no ano de 1955 pela primeira vez ganhou reconhecimento internacional com o filme "Pather Panchali" (ou "A canção do caminho").


(Marcius Melo)




Década de 60


A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.

Durante os anos 60 o mundo conheceu a rebeldia dos jovens, a revolta deixou de ter simples motivações psicológicas (não mais uma "crise de adolescência") para ganhar componentes sociológicos novos e se constituir em problema social. Isso se refletiu também no cinema, o espectador precisava definitivamente decidir: ou vai ao cinema para pensar ou para se divertir.A palavra divertir não cabe nessa época - é alienação mesmo. Ou ele reflete sobre a própria existência e se engaja, ou se aliena. Não há meio termo.



(Larissa Cardoso)

Década de 70

Louca, pacífica, violenta, devagar, egoísta, reflexiva, narcisista, fútil, profunda, erótica, colorida e religiosa. A década é descrita assim por muitos que a vivenciaram.. Isso se refletiu no cinema também, os musicais como “Grease- Nos tempos da brilhantina” alcançaram um sucesso estrondoso, ditando moda para a juventude.

Apesar de ter vivido uma certa crise de criação no meio cinematográfico, surgiram nomes como Spielberg, DePalma, Lucas, Coppola, Scorsese, que fizeram bastante sucesso entre os amantes da sétima arte.

A década também foi o berço do cinema catástrofe. Foi naquele tempo que apareceram os filmes catastróficos (no bom e no mau sentido) como o precursor do gênero, O Destino do Poseidon, além de Inferno Na Torre, Avalanche, e mais uma extensa lista de outros filmes incluindo desastres aéreos, como a série Aeroporto, que desencadeou uma lista de intermináveis imitações.
(Larissa Cardoso)
Década de 80

Durante a década de 1980, o cinema americano se caracteriza pela grande produtividade e países em desenvolvimento, como Brasil, Argentina e Japão, aparecem no cenário do cinema mundial retratando a violência como um dos enredos mais populares da época e mais querido pelos diretores.

Essa vertente de filmes recheados de violência é iniciada por Martin Escorsese no filme Touro Indomável (1980), seguido mais tarde por vários outros diretores. Além da violência, a guerra também é muito lembrada nessa época e filmes como Platoon (1986) e Nascido Para Matar (1987) despontam no imaginário coletivo mostrando o retrato trágico da Guerra do Vietnã. Outros filmes que têm a guerra nos seus roteiros são: Império do Sol (1987), de Steven Spielberg, O Último Imperador (1987), do italiano Berbano Bertolucci, e Nascidos em 4 de Julho, de Oliver Stone.

Saindo da violência, os anos 80, também foi a época dos filmes de ficção científica, como De Volta Para o Futuro (1985) , Guerra nas Estrelas e E.T – O Extraterrestre. No final da década, pode-se notar que as produções fonográficas ficaram mais ligadas ao entretenimento e arrecadando milhões de dólares com Robocop - O Policial do Futuro (1987), Máquina Mortífera (1987) e Batman (1989).



(Sabrina Rangel)

Década de 90
O cinema da década de 1990 caracteriza-se com a junção do "pop" com o "clássico", acreditando-se que ainda é possível inventar, reinventar e criar grandes obras, usando o termo diversidade. Ainda entrando para a história como anos que revolucionaram os padrões da academia em relação às premiações e do público em relação às revoluções, uma delas personificada pela nova diva cinematográfica e também Queridinha da América, Júlia Roberts, a qual conseguiu esse posto através de sua imagem de prostituta no filme Uma Linda Mulher (1994), fora o “up grade” ao qual lhe foi conferido ao ser considerada a atriz melhor bem paga, superando 15 milhões por filme.

Foi também nesse período que o cinema brasileiro realmente despontou nas produções com os filmes O que É Isso, Companheiro? (1997), indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro, e com Central do Brasil (1998), que ganha o Festival de Berlim e o Globo de Ouro, além de consagrar Fernanda Montenegro como a grande atriz da América Latina.

Com a evolução da tecnologia, a década de 1990 apresentou inovações em diversos de seus filmes, concretizando o sucesso desse novo padrão. Arnold Schwarzenegger na pele do exterminador, em O Exterminador do Futuro 2 (1991), provoca uma corrida em Hollywood por efeitos especiais cada vez mais aperfeiçoados. Entrando nessa corrida, Steven Spielberg contrapõe seu lado dramático e realiza proezas no Parque dos Dinossauros (1993), divisor de águas no quesito efeitos especiais. Além dos filmes O Máskara (1994) com Jim Carrey e suas mil caretas além de Velocidade Máxima (1994), com Independence Day (1996) e MIB - Homens de Preto (1997).

(Sabrina Rangel)

“And the Oscar goes to...”

Entregue anualmente em uma luxuosa cerimônia no Teatro Kodak, na californiana Los Angeles, o Oscar é o rapaz mais cobiçado do mundo do cinema. Aqueles que mais se destacaram no ano anterior em categorias como ator, atriz e diretor voltam para suas casas com quatro quilogramas folheadas a ouro a mais. Quem escolhe os melhores da telona são os quase seis mil membros da Academia.

Graças ao prestigio profissional e popular que concede ao premiado e pelo faturamento que pode dar a um filme, o valor simbólico do Oscar é incomensurável. Concebida em 1928, não sofreu alterações até hoje. A versão mais popular para o nome dado ao careca dourado é a que concede a autoria dele à Margareth Herrick, que teria achado a estatueta muito parecida com o seu tio Oscar. Um jornalista ouviu, publicou e o apelido pegou.

Num leilão em 1993, o Oscar ganho pela atriz Vivien Leigh pelo filme E o Vento Levou foi arrematado por 562 mil dólares.

Houve apenas dois empates em toda história da premiação.

Walt Disney é medalha de ouro em número de indicações: 64.

George C. Scott e Marlon Brando já recusaram o prêmio.

A pequena Tatum O’Neal foi a mais nova vencedora de um Oscar. Aos 10 anos recebeu a estatueta como coadjuvante no filme Lua de Papel.

Titanic, Bem Hur e O Senhor dos Anéis: O Retorno do Reis são os filmes que mais carecas dourados ganharam. Onze cada um.

Apenas um país latino-americano já conseguir uma estatueta. O argentino A História Oficial, em 1985. Fernanda Montenegro foi a única atriz sul-americana indicada até hoje.



Além de reunir os melhores trabalhos apresentados na telona no ano anterior, a cerimônia de entrega do Oscar é palco de um verdadeiro desfile de moda. E dos mais luxuosos. Vestidos e adereços caríssimos são usados pelas atrizes indicadas e convidadas para a festa, devidamente acompanhas dos galãs em ternos alinhados. Tudo para ver quem chama mais a atenção da imprensa e arranca mais flashes dos fotógrafos. Roupas um tanto inapropriadas também podem ser vistas no tapete vermelho.

Atrás apenas do Oscar, os prêmios do Globo de Ouro são reconhecidos atualmente como uma das maiores honras que os profissionais do cinema podem receber. Baseadas nos votos de 96 jornalistas que vivem em Hollywood, as estatuetas são entregues no começo de cada ano, no formato de um jantar para convidados.



(Octávio Santiago)

Cinema hoje

E nunca se usou tanta tecnologia em favor das superproduções. Nos filmes do século XXI, os efeitos especiais estão acima de qualquer história. Basta serem bem feitos para encantar os espectadores. Homem Aranha, X-Men, a trilogia de O Senhor dos Anéis, 300 e filmes como Harry Potter, são exemplos perfeitos do casamento entre roteiro e tecnologia.


Já os desenhos animados, passaram a usar a tecnologia 3D (terceira dimensão) que dá mais veracidade às expressões dos personagens, como Shrek, Madgascar. Essas tecnologias são tão proveitosas, que muitos estúdios já estão incorporando-a em seus projetos, inclusive a Walt Disney.





(Hugo Andrade)